Alternativas para ampliar os benefícios sociais da inovação tecnológica, incorporada à Política Nacional de Ciência e Tecnologia, estão sendo debatidas, nesta segunda-feira, nesta capital, por empresários, pesquisadores, professores, representantes de organizações não-governamentais e secretários de Ciência e Tecnologia do Nordeste.
Eles participam, até terça-feira, da Conferência Regional Nordeste de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Ao abrir o evento, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, afirmou que o maior desafio é mostrar à sociedade como a ciência pode contribuir para gerar desenvolvimento e inclusão social. "Vamos analisar o desempenho da Política de Ciência e Tecnologia, no âmbito federal, estadual e municipal e apresentar sugestões que resultem na ampliação da participação da sociedade, universidades, centros de pesquisas, na definição da nova política científico-tecnológica do país", explicou.
Rezende assegurou que, neste ano, o Nordeste conta com recursos federais de R$ 80 milhões para aplicar em diversas áreas, incluindo melhoria de infra-estrutura das universidades, incorporação de novas tecnologias ao do setor sucroalcooleiro, biotecnologia, biologia molecular e energias renováveis, com ênfase no Programa Nacional de Produção do Biodiesel.
De acordo com o ministro, as propostas apresentadas durante as conferências regionais realizadas nos estados servirão para orientar governos, empresas, entidades e pequenos produtores, contribuindo de forma que o conhecimento científico passe a agregar valor aos produtos, melhorando a competitividade e gerando crescimento econômico.
As proposições vão ser levadas à 3ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação, que pretende debater de 16 a 18 de novembro, em Brasília, a realidade da produção científica do país e estabelecer diretrizes para impulsionar o desenvolvimento nacional, nos próximos 10 anos.
A primeira conferência foi realizada em 1985, por iniciativa do primeiro ministro da Ciência e Tecnologia, Renato Archer. A segunda edição ocorreu em 2001, sob a gestão do ministro Ronaldo Sardenberg, quando foi assinado um termo de criação do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos.