Amorim quer realização de cúpula Ásia-América do Sul

A apenas seis dias da realização da reunião de líderes da América do Sul e da África em Abuja, na Nigéria, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, já planeja um encontro de presidentes da América do Sul e da Ásia. Essa proposta constava do discurso preparado para a abertura da 3ª Reunião de Chanceleres da Comunidade Sul-americana de Nações (Casa), que está ocorrendo nesta sexta-feira (24) em Santiago (Chile). No entanto, o próprio Amorim decidiu-se por um improviso em espanhol e eliminou essa proposta de sua fala. "Seria melhor que essa idéia fosse capitaneada pelos países da costa do Pacífico", explicou-se depois à imprensa.

Segundo Amorim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva insiste que a nova geografia política e econômica mundial só tem a ganhar com uma "iniciativa própria" das economias em desenvolvimento, "sem a intermediação das grandes potências, para tratar de temas de seu interesse direto". Ponderou, entretanto, que não há contradição entre o compromisso de um país com a Casa e, simultaneamente, com outros mecanismos associativos, de alcances e profundidades diferentes. "Esses esforços se somam e se reforçam", afirmou. Trata-se, a rigor, de um processo de implementação "pragmática" da chamada Cooperação Sul-Sul – objetivo prioritário da política externa do governo Lula.

Para o encontro América do Sul-África, no qual participará o presidente Lula, estão previstas as presenças de 40 dos 53 chefes de Estado africanos e pelo menos seis sul-americanos. Em maio do ano passado, em uma primeira iniciativa de aproximação da América do Sul com outros blocos regionais nos quais predominam economias em desenvolvimento, foi realizada em Brasília a cúpula da América do Sul com os Países Árabes.

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