O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu nesta quinta-feira que os novos países a ingressarem como membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) tenham poder de veto. Uma proposta elaborada por um conselho de notáveis mantém o poder de veto aos mesmo cinco países com cadeiras permanentes no Conselho (Estados Unidos, China, Rússia, França e Inglaterra). Para Amorim, essa proposta precisa ser objeto de debate. "O correto seria não haver discriminação. Não é porque o Brasil deseja o veto, sempre deixamos claro que não é isso. Deve haver eqüidade. Agora, como isso vai ser obtido, em que prazo, de que maneira, nós não sabemos", disse.
Durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o chanceler afirmou que a reforma do Conselho de Segurança é "um bom começo" para garantir a representatividade do órgão. "Reconhecer que o Conselho de Segurança – para continuar desempenhando as tarefas e mais as novas que terá que progressivamente desempenhar – tem que ser atualizado para que não perca a legitimidade".