O ministro das relações exteriores, Celso Amorim, em coletiva de imprensa encerrada há pouco em Viena, não descartou a possibilidade de o Brasil retirar seu embaixador da Bolívia. É a primeira vez que uma alta autoridade do governo brasileiro admite esta hipótese depois do início da crise da nacionalização da exploração de gás e petróleo na Bolívia. "Eu acho que nós não vamos retirar o embaixador simplesmente pelo que ainda está sendo discutido. Mas, evidentemente, se verificarmos que não há diálogo possível, nós vamos examinar as opções que existem", afirmou, ao ser questionado pela imprensa sobre esta possibilidade.

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Amorim disse que vai examinar com o presidente Lula "as opções diplomáticas, com equilíbrio". O ministro explicou que não exclui nenhuma ação diplomática. "Mas não vou ficar fazendo ameaça", disse. Ele acrescentou que, "se chegarmos a este ponto, aí vamos ver". Amorim informou que o Brasil ainda considera o diálogo como a melhor maneira de lidar com a situação na Bolívia "Eu teria, a princípio, uma viagem para La Paz. Vamos ver se ela se confirma".

O ministro disse ainda que, sem a participação da Petrobras, não existirá o Gasoduto do Sul, que sairia da Venezuela e chegaria à Argentina, passando pelo Brasil. Sem o Brasil, explicou Amorim, o gasoduto teria de dar uma volta muito grande e acabaria se transformando num gasoduto "do Oeste", e não mais do Sul.

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