O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, irá acompanhar pessoalmente a retirada dos brasileiros pela cidade de Adana, na Turquia, perto da fronteira com o Líbano. Ele deixará Genebra, na Suíça, amanhã em direção à cidade turca para tentar garantir o transporte aos brasileiros
O Itamaraty informou que o ministro tem repetidamente conversado com autoridades israelenses para pedir garantia aos comboios de ônibus que transportam os brasileiros, evitando que eles sejam atacados. As autoridades israelenses não deram garantias
O segundo vôo da Força Aérea Brasileira (FAB) trazendo pessoas que estavam no Líbano pousou hoje no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Amanhã, outra avião da FAB chegará ao País com 70 passageiros. Na quarta-feira, outros 225 serão transportados pela TAM, na quinta-feira mais 150 serão trazidos pela FAB e na sexta-feira outros 70 brasileiros chegarão ao Brasil
A passageira Patrícia, uma das brasileiras desembarcou hoje em São Paulo, disse que "a situação no Líbano está terrível. Agradecemos a Deus por estar aqui no Brasil. Estamos com muita pena de toda aquela gente que ficou para trás e realmente a coisa esta difícil. Eu era turista lá e não tinha um lugar exato para a gente ficar. Eu cheguei a fugir para as montanhas, mas tive que abandonar esse local. Não tem comunicação nenhuma lá. Tomará que o governo brasileiro retire imediatamente todos os que lá ficaram.
A instabilidade no Oriente Médio começou há pouco mais de 10 dias, quando membros do grupo Hezbollah invadiram o norte de Israel e seqüestraram dois soldados israelenses – Ehud Goldwasser, de 31 anos, e Eldad Regev, de 26 -, o que provocou uma ampla reação militar por parte de Israel
