Amorim diz que interdependência de Brasil e Bolívia vem de outros governos

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que é favorável ao gasoduto Brasil-Bolívia e ressaltou que a relação de interdependência dos dois países vem de outros governos.

Segundo ele, do investimento de US$ 1 bilhão da Petrobras na Bolívia, 92% foram entre 1996 e 2002 e o resto foi entre 2003 e 2005. "Isso mostra como a Petrobras neste governo agiu com prudência".

Segundo o ministro, o Brasil reagiu à decisão de Evo Morales de nacionalizar as reservas de petróleo e gás bolivianas "da forma como deveria, com diálogo, e com o reconhecimento da situação".

Para o ministro, a questão agora é saber se na nacionalização os interesses brasileiros serão respeitados. "Apesar de toda a instabilidade, a Bolívia tem sido um fornecedor de gás confiável no Brasil".

Amorim destacou que a discussão sobre o preço do gás tem de ser racional. Segundo ele, o Brasil compra 36% do que a Bolívia exporta "Se o gás for para um preço que não seja possível o funcionamento das indústrias ou que o consumidor não possa pagar, esse preço não pode se elevar. Não é uma atitude autoritária, é o mercado".

Ele admitiu que as negociações sobre o preço "vão ser longas e difíceis". Para ele, a ocupação da Petrobras no dias 1º de maio foi desnecessária, porque "não haveria reação física".

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo