O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o governo brasileiro não acredita no confisco de bens da Petrobras pela Bolívia. Em entrevista na portaria do Palácio da Alvorada, Amorim avaliou que, em conversas nos últimos dias, o presidente boliviano, Evo Morales, demonstrou disposição de negociar uma solução que não prejudique os interesses da empresa brasileira. "Ele (Morales) está querendo negociar. É uma atitude positiva, profissional, não é retórica", afirmou.

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Amanhã vence o prazo final dado pelo governo boliviano para a assinatura de novos contratos com empresas petrolíferas estrangeiras em cumprimento ao decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos.

A uma pergunta se a Petrobras poderia recorrer a organismos internacionais contra o governo da Bolívia, Amorim respondeu que prefere acreditar na negociação, embora não descarte a possibilidade. "Isso está previsto nos contratos, mas eu espero que possa resolver pela negociação", completou. "Prefiro não fazer ameaças, pois tenho esperança no processo de negociação.

Ele ressaltou que o governo brasileiro espera que não haja uma imposição unilateral. "É preciso um acordo que se baseie na negociação e seja bom para os dois lados, bom para o Brasil e bom para a Bolívia", disse.

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