Amorim diz que Brasil se prepara para reabrir embaixada no Iraque

A reativação da embaixada brasileira em Bagdá está condicionada à recuperação da soberania iraquiana. A declaração foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, durante palestra proferida ontem na London School of Economics, na Inglaterra. A transição para o governo próprio está prevista para o próximo dia 30 de junho.

?Esta transição para um governo iraquiano tem interesse especial para o Brasil, porque estamos tomando os primeiros movimentos para ter uma presença efetiva no Iraque. É um país muito importante, com o qual tivemos relações comerciais muito fortes no passado, e queremos voltar a ter?, disse Amorim, após encontro com o chanceler britânico Jack Straw, segundo o Itamaraty.

O envio de uma missão diplomática para avaliar as questões de segurança e perspectivas comerciais precederá a reativação da embaixada brasileira em Bagdá, prevista para o segundo semestre. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, essa iniciativa está associada ao interesse do governo brasileiro em normalizar as relações entre os dois países.

?A partir do momento em que houver recuperação da soberania e existir um interlocutor legítimo no governo iraquiano, haverá elevação do perfil de intercâmbio entre os países. Será feito um esforço de recuperação, inclusive financeiro, da embaixada em Bagdá?, afirma o chefe do Departamento de Oriente Próximo do Ministério das Relações Exteriores, ministro Sarkis Karmirian.

A embaixada brasileira em Bagdá, assim como as de outros países, foi desativada após a Guerra do Golfo, em 1991, quando houve determinação da Organização das Nações Unidas (ONU) para evacuação de pessoal por questões de segurança.

O governo brasileiro também estuda a possibilidade de abrir um escritório de diplomacia em Hamalá, na Palestina.

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