O governo brasileiro trata da nacionalização do gás e do petróleo na Bolívia "com equilíbrio entre a abertura para o diálogo e a firmeza para a negociação". A afirmação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
Ele participa de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado sobre a medida adotada no início deste mês pelo presidente Evo Morales de nacionalizar as reservas de petróleo e gás da Bolívia.
Segundo Amorim, o Brasil não pode radicalizar na reação à medida adotada pela Bolívia, sob pena de comprometer a integração da América do Sul. "Se radicalizarmos, a racionalidade vai desaparecer do outro lado".
Amorim afirmou que a integração sul-americana continua a ser um objetivo e lembrou o ex-presidente americano Franklin Roosevelt, ao citar uma frase famosa daquele estadista, adaptando-a para a condução das discussões com a Bolívia. "A política brasileira nunca será a do porrete, sempre será da boa vizinhança".
