O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, demonstrou contrariedade com duas iniciativas relacionadas à formação da chamada "Opep do gás": a idéia de inclusão do Brasil nesse mecanismo em gestação pelos governos da Venezuela, Argentina e Bolívia; e a possibilidade de ser feita menção à "Opep do gás" na declaração final que os presidentes dos países assinarão hoje na Isla Margarita (Venezuela), que encerra a primeira Cúpula Energética da América do Sul.

continua após a publicidade

Amorim afirmou que a "Opep do gás" é apenas uma "figura de retórica" e que não haverá, no documento final da cúpula, nenhuma referência a essa nova organização de países produtores e exportadores de gás. "Não podemos negar que as pessoas façam o que quiserem, mas não podemos fazer um esforço de integração e ficar dividindo consumidores e produtores. Se esse é um esforço de integração, temos que conciliar e harmonizar os interesses de produtores e consumidores", afirmou o chanceler brasileiro ao responder a uma pergunta da imprensa sobre a tendência dessa entidade de se transformar em um novo cartel.

"Não tem cabimento, em uma reunião desse tipo (a cúpula energética), defender a ‘Opep do Gás’", afirmou Amorim.

continua após a publicidade