Amorim: América Latina oferece oportunidades para bancos privados

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, vê grandes oportunidades de financiamento nos países da América do Sul para os bancos privados. Ele enfatizou esse ponto em apresentação hoje na 40ª Assembléia Anual da Federação Latino-Americana de Bancos (Felaban). "Vejo aumento grande de financiamentos. Uma parte deles tem que ser pelos governos, mas porque não envolver também o setor privado?", disse o ministro.

Ele citou que a América Latina atualmente é o maior mercado para as exportações brasileiras, tendo passado a União Européia e também os Estados Unidos. Segundo o ministro, o Brasil atualmente exporta mais para o México do que para o Japão e a Itália, e mais para Venezuela do que para o Reino Unido e a França.

Ele observou porém que o Brasil não deixou de se interessar pelos grandes mercados tradicionais, mas tem mais dificuldades para negociar nesses mercados "mais maduros". "China, Índia e Rússia são mercados muito novos, e as possibilidades de expansão são muito grandes".

Segundo Amorim, em mercados recentes para o Brasil, que estão sendo explorados agora, há casos em que os bancos têm oportunidades. Ele citou que "o Brasil tem comércio intenso com Angola" e que há empresários brasileiros lá. "Mas para fazer remessa de dinheiro (de Angola) para o Brasil, se faz por Portugal", disse.

Ele enfatizou que a integração física da América do Sul traz oportunidades de financiamento para os bancos. Citou que esteve ontem na Venezuela em uma ponte sobre o rio Orinoco e que soube que agora há estrada asfaltada do Caribe até Manaus. "E tudo isso gera oportunidades de financiamento", disse.

De acordo com o ministro, os bancos defendem maior velocidade nas negociações internacionais, mas quando o assunto é abrir mercado para bancos estrangeiros houve reação no setor. Ele citou que está sendo negociado um acordo de serviços com o Chile. Disse também que o Mercosul já tem acordos de livre comércio com todos os países da América do Sul, quer negociar com o bloco dos países da América Central (Cica) e que a Guatemala manifestou interesse de acelerar essas negociações com o Mercosul.

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