O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje que obteve do chanceler da Bolívia, David Choquehuanca, o compromisso de que os brasileiros em situação irregular no País receberão um tratamento "humanitário e civilizado" e não serão vítimas de "arbitrariedades".
Esse tratamento foi assegurado principalmente aos cerca de 2 mil brasileiros que se estabeleceram como posseiros na região do Pando, na fronteira norte com o Brasil. Quanto aos brasileiros que cultivam soja na região próxima ao Mato Grosso do Sul, Amorim afirmou estar mais tranqüilo porque suas propriedades são legais e produtivas e, em princípio, não seriam atingidas pela reforma agrária.
Durante a reunião com Choquehuanca, Amorim conseguiu também o aval do governo boliviano para a criação de um grupo bilateral de trabalho, com objetivo de acompanhar as questões relacionadas a terra e permitir que o governo brasileiro argumente em favor de seus cidadãos que venham a ser afetados pela reforma agrária.
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