O amistoso entre Brasil e Portugal é também um duelo particular entre dois técnicos com estilos muito parecidos: Luiz Felipe Scolari e Dunga. Mas, ao contrário de rivais, os dois trocaram elogios. Para Scolari, Dunga já tem experiência de comando. "Mas ele comandava dentro de campo. Agora coloca em prática esse comando do banco", afirmou o técnico de Portugal, com mais de vinte anos de experiência e um título mundial com a seleção brasileira, em 2002.

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Dunga, que terá hoje seu sétimo jogo à frente da seleção, admite que Scolari é uma das pessoas em quem tenta se espelhar em termos de comportamento. "Sua conduta precisa ser seguida. Sua lealdade, transparência e seu trabalho. Somos amigos dos que são nossos amigos. Às vezes, um amigo precisa dizer coisas, e acham que estou bravo. Mas somos assim", afirmou o técnico do Brasil, confirmando que chegava a pensar como técnico quando atuava ainda como jogador.

Na avaliação de Dunga, Felipão é "um dos melhores técnicos do mundo". E ninguém duvida que o jogo será disputado. O zagueiro português Jorge Andrade lembra que "Portugal é quem vai a campo com o técnico campeão do mundo".

A partida de hoje será a terceira de Felipão em um Brasil x Portugal – ele nunca saiu derrotado. Em 2002, antes do penta, empatou em 1 a 1 um amistoso da preparação do Brasil para a Copa. No ano seguinte, já com Portugal, ganhou por 2 a 1, em sua primeira vitória no cargo.

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Agora, Scolari reconhece que ambas as equipes estão em "fase de construção", e diz que o jogo servirá para preparar sua equipe para as Eliminatórias da Eurocopa de 2008. Do lado brasileiro, vários jogadores demonstraram gratidão em relação a Scolari. Lúcio, Gilberto Silva, Edmilson e Kaká deixaram claro que foram levados ao Mundial de 2002 graças a ele.

O técnico de Portugal aproveitou para descartar a hipótese de voltar ao Brasil depois de 2008, quando termina seu contrato. "Quero ficar na Europa uns quatro ou cinco anos ainda", disse, sem falar mais de seus planos. Questionado sobre o fato de alguns brasileiros torcerem por ele, mesmo contra o Brasil, saiu-se politicamente: "Sei que isso ocorre. De repete um empate seria bom e ficaria tudo em casa".

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