A polícia civil de São José dos Campos esclareceu o desaparecimento do norte-americano Raymond James Mierrel, que chegou ao Brasil em março deste ano para passar o aniversário com a então namorada Regina Filomena Rachid. Ela e outros dois homens seqüestraram e mataram o compositor norte-americano. Raymond ficou sete dias na casa da namorada, em São José dos Campos. Era a terceira vez que ele a visitava no Brasil depois que se conheceram pela internet.

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Nesta semana em que ficou hospedado na casa de Regina, foi dopado com sonífero, remédios tarja preta e bebida alcoólica e obrigado a contar as senhas bancárias. Depois que Regina e outros dois homens fizeram os primeiros saques e constataram que as senhas bancárias estavam corretas, decidiram matar o compositor americano. Raymond foi enforcado com um fio elétrico.

Na tentativa de despistar as investigações, Regina alugou um carro, um Corsa, e no dia 2 de abril , junto com Evandro Celso Augusto Ribeiro e Nelson de Siqueira Neves, vestiram o cadáver, o colocaram no banco de trás com cinto de segurança e o jogaram em um terreno baldio na Estrada do Tatauba, em Caçapava, cidade vizinha a São José dos Campos.

No local, foi ateado fogo em seu corpo para não restar vestígios. O cadáver, encontrado pela polícia no dia 02 de abril acabou sendo enterrado no cemitério Parque das Hortências, em Caçapava, como indigente. Raymond deveria voltar à Califórnia no dia 4 de abril. Como não retornou, a família dele decidiu levar o caso ao FBI, que fez o contato com a polícia civil de São José dos Campos.

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As investigações prosseguiram por quase seis meses. Regina foi presa no mês de junho quando tentava assaltar um empresário em um shopping de São José dos Campos. Ela deixou a bolsa no carro da vítima e nela a polícia encontrou um cartão bancário em nome de Raymond. Regina foi presa em casa, acusada do então roubo e continua detida na cadeia feminina de Caçapava.

No dia 23 de setembro Evandro Celso Augusto Ribeiro, de 39 anos, ex-morador de Caçapava, foi preso na cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Ele estava no bairro Braga, próximo a uma delegacia, quando foi detido. Levado para São José dos Campos, confessou o crime, entregou Regina informando que ela planejou e executou o homicídio e apontou o local onde deixara o corpo. Disse também que recebeu pagamento de R$ 12 mil para sumir com o cadáver. Foi ele quem ateou fogo no americano, já enforcado. A polícia fez na semana passada a exumação do corpo enterrado como indigente e segundo o delegado Waldomiro Bueno, diretor da Delegacia do Interior do Vale do Paraíba, "tudo indica que o corpo seja mesmo do norte-americano".

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Nesta segunda-feira (2) o terceiro participante, Nelson, se apresentou à polícia civil de São José dos Campos, e por causa do período eleitoral, não pode ficar preso. "Agora vamos pedir a prisão preventiva dele a partir de quarta-feira, já que não há mais dúvida sobre a autoria do crime". Os três vão responder por seqüestro seguido de homicídio e podem pegar até 30 anos de prisão. Durante o desaparecimento de Raymond o trio sacou US$50 mil da conta do norte-americano.