O governo americano aumentou hoje seu alerta de ameaça ao nível máximo para vôos comerciais em resposta ao plano de atentado terrorista descoberto em Londres. O objetivo era explodir sobre o Oceano Atlântico aviões que decolariam da Inglaterra para os Estados Unidos. Os britânicos aumentaram o nível de ameaça para crítico, o que indica a eminência de um ataque terrorista. O ministro do Interior francês, Nicolas Sarkozy, interrompeu suas férias para fazer uma reunião de emergência. A polícia local já prendeu 21 pessoas supostamente envolvidas na ação.

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Apenas os aviões que estão em vôo poderão aterrissar no aeroporto de Heathrow, em Londres. Todos os outros vôos que saem da Inglaterra ou chegam ao país foram cancelados. Alemanha, Espanha, Bélgica e Portugal cancelaram seus vôos para o Reino Unido. Os vôos que saem de Tel-Aviv também estão proibidos.

Diversos vôos para diferentes cidades dos EUA também estão sob alerta, segundo o secretário de Segurança Interna americano, Michael Chertoff. "Acreditamos que essas prisões (em Londres) diminuíram sensivelmente a ameaça, mas não podemos garantir que a ameaça foi completamente eliminada", disse o secretário. Essa é a primeira vez que o alerta vermelho, definido como "risco severo de ataques", é instituído pelo sistema de alerta da Segurança Interna do EUA.

Além do alerta vermelho para vôos vindos da Inglaterra, vôos que saem dos EUA ou chegam ao território americano de outros locais estão no nível laranja de ameaça. O governo afirmou que bebidas, gel de cabelo e loções estão banidas dos vôos, pois líquidos passaram a ser uma ameaça em decorrência das investigações britânicas.

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Os policiais acreditam que os terroristas queriam explodir aviões com explosivos líquidos na bagagem da mão. Funcionários dos aeroportos de Londres fizeram as mães provarem as mamadeiras de seus filhos para terem certeza de que não eram explosivos. As ações de companhias aéreas e de viagem despencaram após o alerta de atentado.