Uma exclamação de júbilo pela ação construtiva do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que por unanimidade de seus juízes negou o registro da candidatura do ex-deputado federal José Borba (PMDB), à reeleição. Ele havia renunciado ao mandato, para evitar a cassação e a perda dos direitos políticos por dez anos.
Borba foi citado pelo ex-colega da Câmara dos Deputados, Roberto Jefferson, como um dos mais abonados beneficiários do valerioduto, de onde teria drenado importância superior a R$ 4 milhões. Sua situação ficou extremamente delicada, pois o deputado exercia a função de líder da bancada do PMDB, partido que apenas circulava na periferia da base congressual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Contrariando decisão do diretório regional do partido, Borba tomou providências para se inscrever como candidato à reeleição, mas esbarrou na inflexibilidade do setor jurídico que representou contra o registro no Tribunal Regional Eleitoral. O relator do processo, João Pedro Gebran Neto, acatou os argumentos da advogada Marlene Zanin e mandou para o arquivo morto a pretensão descabida do notório mensaleiro.
Aliás, seria interessante saber algo da estratégia desse político pilhado em flagrante delito à ética da vida pública, para reconquistar os votos que o mandaram a Brasília em 2002. Talvez um clone ficasse incumbido da tarefa, mas nem ele os juízes de nossa egrégia corte eleitoral haveriam de tolerar. Alvíssaras!
