No Brasil, a hanseníase ainda é considerada um problema de saúde pública. Segundo o Ministério da Saúde, existem hoje quase 30 mil pessoas com a doença. E, de acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, o que preocupa é que o número de crianças com menos de 15 anos com a doença é alto. "Criança com hanseníase é sinal de alerta, porque, se há crianças com hanseníase, é porque elas se contaminaram dentro de suas casas", disse ele.

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São quase 4 mil crianças com a doença no país. Em alguns estados, a situação é relativamente grave, alerta o secretário. Como, por exemplo, no Maranhão, que sozinho produz perto de 600 novos casos. "Devemos chamar a atenção das secretarias estaduais e municipais de Saúde para que novas estratégias sejam desencadeadas e com isso se detecte mais precocemente, se trate mais precocemente e se corte a cadeia de transmissão e se impeça que novas crianças sejam contaminadas".

Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos cinco anos, no Rio de Janeiro, em média, 178 crianças foram diagnosticadas com hanseníase a cada ano. Já no Pará, esse número sobe para 673. Para ter idéia das dimensões do problema, somente no período entre janeiro e outubro de 2004 foram registrados 571 casos em crianças com menos de 15 anos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera aceitável que se tenha um caso da doença a cada grupo de 10 mil habitantes. No Brasil, o índice é de 1,66 casos. Entretanto, o país deve alcançar essa meta até o final do ano, segundo a consultora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Vera Andrade. "O Brasil tem avançado muito, até porque já ocupou o primeiro lugar do mundo em número de casos", afirmou a médica.

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O secretário Jarbas Barbosa ressaltou que 2005 é um ano chave para conseguir alcançar a meta, mas disse que pretende ir além e ter em todos os estados prevalências baixissímas.