Alto custo do transporte ferroviário intriga Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encomendou um estudo para saber por que os preços das tarifas de transporte ferroviário de carga são tão próximas ao frete rodoviário. Em tese, o transporte por ferrovia deveria ser bem mais barato do que aquele feito por caminhões, explicou o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira Passos. "O presidente demonstrou sua preocupação", disse o ministro.

Ele disse que sua equipe vai estudar o assunto. O problema foi levado a Lula por produtores de soja, segundo informou Passos. O ministro não confirmou se o autor da reclamação foi o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, grande produtor do grão.
O custo do transporte ferroviário foi um dos temas discutidos ontem, na terceira reunião do presidente Lula com seus ministros para montar sua agenda na área de infra-estrutura para os próximos quatro anos de mandato. A primeira, realizada na sexta-feira passada, foi centrada nos entraves da legislação ambiental. Anteontem, foram analisadas as propostas para a área de eletricidade, petróleo e saneamento. Ontem, foi a vez da área de transportes, na qual a prioridade será facilitar o escoamento da produção agrícola.

Não houve decisão quanto aos volumes de investimento que serão destinados para a área no que vem. Mato Grosso, porém, será beneficiado com uma obra de porte: o asfaltamento da BR-163, que corta o Estado. Segundo Passos, ela será asfaltada com recursos do orçamento e já há mais de R$ 100 milhões reservados para esse fim.
Essa rodovia já foi candidata a ser concedida à iniciativa privada, depois figurou entre os projetos a serem tocados por meio de Parceria Público-Privada (PPP). Agora, foi acertado que a verba para o asfaltamento sairá dos cofres públicos. A obra foi incluída no Projeto Piloto de Investimentos (PPI), onde estão as prioridades do governo.

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