A corrida pela presidência da Câmara dos Deputados, não poderia ser diferente, começa a ganhar impulsos até aqui mantidos em surdina. Amanhã se reúne em São Paulo um seleto grupo de parlamentares novos e reeleitos, para aprofundar entendimentos – praticamente definidos – quanto ao lançamento de um candidato afinado com o pensamento dos insatisfeitos com a solução apresentada.

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Fazem parte do grupo deputados importantes como Gustavo Fruet (PSDB-PR), Luíza Erundina (PSB-SP), Fernando Gabeira (PV-RJ), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Carlos Sampaio (PSDB-SP), José Aníbal (PSDB-SP), Raul Jungmann (PPS-PE), Arnaldo Jardim (PPS-SP) e o recém-eleito Paulo Renato de Souza (PMDB-SP), ex-ministro da Educação no governo Fernando Henrique Cardoso.

A arregimentação em torno da candidatura alternativa conta também com o reforço dos deputados petistas José Eduardo Cardozo e Valter Pinheiro, representantes de São Paulo e Bahia, respectivamente, e da achega da bancada do PSOL. A seriedade com que o assunto é tratado pelo grupo pode-se perceber da seleção de dois nomes como virtuais candidatos à presidência da Câmara, deputados José Eduardo Cardozo e Osmar Serraglio.

Cardozo foi preterido pela articulação interna da bancada paulista do Partido dos Trabalhadores, que pendeu para o lado do líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia, afinal lançado candidato quando as instruções do Palácio do Planalto eram claras no apoio ao atual presidente Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

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Quanto ao parlamentar peemedebista, é inegável seu desconforto diante do débil interesse da bancada em ajudá-lo na disputa do cargo de ministro do Tribunal de Contas da União, para o qual foi indicado um deputado do PFL. Tendo em vista que a articulação em torno de Chinaglia, agravada pela decisão de impedir a reeleição de Rebelo, é conduzida pelo neogovernista Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), Serraglio assumiu a condição de dissidente e saiu em busca de votos entre colegas na mesma situação.

O deputado Arlindo Chinaglia não crê no surgimento de um novo Severino Cavalcanti (PP-PE), que atropelou a malfadada dupla petista Greenhalgh-Guimarães, em 2005. O reconhecimento é óbvio, porque os parlamentares envolvidos na candidatura alternativa jamais seriam tão néscios.

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