O grupo de transportes foi responsável, sozinho, por 0,43 ponto, ou quase 70% do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em dezembro (0,63%), segundo explicou o coordenador do IPC Brasil, André Braz. Conforme ele, além do impacto do reajuste de táxi, metrô, ônibus urbanos e vans em São Paulo, esse grupo foi pressionado também pela queda no ritmo de deflação do álcool combustível e da gasolina, que mantiveram recuo de preços, mas em menor intensidade.
O IPC-S da primeira semana de janeiro será pressionado especialmente pelos grupos de educação e transportes, segundo Braz. De acordo com ele, a expectativa é que as mensalidades escolares subam entre 8% e 10% no início de 2007, rompendo um comportamento de anos anteriores, em que o reajuste ficou perto da inflação.
No caso dos transportes, ele disse que haverá algum impacto dos reajustes ocorridos em São Paulo – ainda que em menor intensidade do que em dezembro – e dos recentes reajustes do metrô no Rio e de táxis em Belo Horizonte.