Aloísio vem sendo decisivo para o São Paulo na Libertadores. Mesmo sem posição cativa entre os titulares, o atacante é artilheiro do time na competição com cinco gols. Ontem, saiu do banco de reservas, entrou no lugar de Ricardo Oliveira e sofreu o pênalti que deu a vitória à equipe do Morumbi.
"Eu gosto muito de proteger essa bola, quando o Júnior dominou eu já pedi, saí na cara do gol, ele [zagueiro Rodríguez] me puxou e graças a Deus tivemos esse pênalti para comemorar a vitória", contou.
E o centroavante ganhou elogios do autor do gol, Rogério Ceni. "O gol não é meu, é do Aloísio, esse rapaz sempre que entra nos ajuda muito. É um jogador de grupo, chegou para nos ajudar na final do Mundial no ano passado e deu o passe para o gol. Está sempre alegre e é o tipo de centroavante que eu gosto", afirmou o capitão.
Cautela, reclamação e liderança – Exigente, Muricy Ramalho advertiu, no vestiário, após o jogo, que o resultado foi mais importante que o futebol demonstrado, mas que a vaga na semifinal não está liquidada.
O treinador também aproveitou para reclamar da atuação do assistente Walter Rial no gol anulado de Ricardo Oliveira. Segundo o treinador, o uruguaio correu para o meio-de-campo, mas ao ser pressionado pelo banco do Chivas, parou e avisou ao juiz da irregularidade.
"Ele deu o gol. Se ele viu que foi mão ele tinha que ficar parado, mas ele veio correndo. Um auxiliar experiente tem que ficar com a bandeira levantada e parada", protestou.
Empolgado com a vitória, Muricy derreteu-se em elogios ao comportamento zagueiro Lugano, que voltou à equipe depois de ficar de fora por suspensão da partida de volta contra o Estudiantes, nas quartas-de-final. E contou uma curiosidade do uruguaio no lance decisivo da partida.
"Na hora do pênalti, não sei quem tentou enervar o Rogério, mas o Lugano chegou no cara e falou ´Você sabe quem é esse aí? Ele é campeão do mundo!´ Ter um cara com esse tipo de liderança no elenco é fundamental", enfatizou.