Alimentos in natura lideraram alta do IGP-M, apura FGV

Os alimentos in natura mais caros no varejo comandaram a aceleração na segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que subiu 0,44% em janeiro, ante elevação de 0,28% em igual prévia em dezembro. A informação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. "Os três indicadores que formam o IGP-M (IPA, IPC e INCC) subiram mais; mas foi o IPC, o indicador do varejo, que teve maior influência na aceleração da segunda prévia", disse.

O cenário de alta nos preços dos alimentos in natura é reflexo das fortes chuvas no primeiro mês do ano, que prejudicam a oferta dos produtos no mercado interno e elevam os preços. Na passagem da segunda parcial do IGP-M de dezembro para igual prévia em janeiro, a deflação no grupo Alimentação chegou ao fim (de -0,24% para 1,08%), pressionada principalmente pelo término na queda dos preços das hortaliças e legumes (de -2,88% para 4 79%).

A movimentação de elevação nos preços dos alimentos in natura também se fez notar no atacado. Os preços desse segmento saíram de uma queda de 6,65% para uma alta de 1,87%, e causou o fim da deflação nos preços dos bens finais (de -0,14% para 0,44%).

A recente alta nos preços das commodities, principalmente milho, estão provocando a aceleração nos preços das rações no atacado, que saíram de uma baixa de 2,40% para uma elevação de 6,79% da segunda prévia do IGP-M de dezembro para igual prévia em janeiro. Segundo Quadros, esse cenário conduziu ao fim da deflação das aves (de -2,70% para 8,24%) no mesmo período.

O economista explicou que, embora os preços do milho estejam subindo menos, atualmente, os produtores estão repassando agora a alta de custos nos preços das rações. Da segunda prévia de dezembro para igual parcial em janeiro, a elevação no preço do milho em grão passou de 11,14% para 5,24%. Isso acaba por influenciar o preço das aves, cuja ração tem o milho como matéria-prima principal. "Mas isso deve afetar mais os preços das aves no atacado", disse, descartando influências expressivas de preços em outros tipos de carne.

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