A coordenadora de índices de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos, disse que "a pequena alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de outubro é totalmente explicada pelos alimentos, em particular pelas carnes".
Segundo ela, não há nenhuma pressão de alta significativa já determinada para a inflação de novembro e os preços dos alimentos no atacado já mostram recuo nos reajustes das carnes, que influenciaram, sozinhas, com 0,08 ponto porcentual do IPCA de outubro (0,33%). O grupo dos produtos alimentícios contribuiu com mais da metade da taxa em outubro, com 0,18 ponto porcentual. O IPCA orienta as metas de inflação oficial do governo.
Apesar da pressão exercida em outubro, quando registraram a maior elevação desde novembro de 2005 (também 0,88% de reajuste) os alimentos ainda acumulam queda no ano, com variação de -0 21% de janeiro a outubro. "Mesmo com a alta de outubro, os alimentos vêm dando grande contribuição para conter o aumento da inflação no ano", disse Eulina.
Ela explicou também que o avanço apurado no pão francês (0,57%) em outubro não reflete a mudança de venda do alimento nas padarias, por determinação da lei, da comercialização por unidade para o sistema a quilo.