Aliado do senador Magno Malta (PR-ES), o diretor de Infraestrutura Ferroviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Geraldo Lourenço de Souza Neto, está mais forte. A partir de amanhã, ele passa a acumular sua função com a de diretor interino de Administração e Finanças do órgão, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União. Em meio a denúncias de corrupção, o Dnit está com várias diretorias sem comando por conta do afastamento dos titulares.
Souza Neto passa a acumular a função porque o nome indicado para a Diretoria de Administração e Finanças, Augusto César Carvalho Barbosa, foi desconvidado pela presidente Dilma Rousseff antes de ser sabatinado pelo Senado. Ele havia sido indicado para o cargo pelo ex-chefe de gabinete do Ministério dos Transportes, Mauro Barbosa, seu primo.
Mauro foi afastado após a revelação, em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, de que estava construindo uma mansão de 1.300 metros quadrados no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, avaliada em R$ 4 milhões. O primo Augusto não levou a Diretoria, mas continua ocupando o posto de corregedor do Dnit.
Integrante da cota do PR no Ministério dos Transportes, Souza Neto é um dos cogitados para deixar o governo. Mas até que a designação dos novos dirigentes seja concluída, ele acumulará as duas funções para evitar paralisia nas atividades da Pasta.
A portaria que o nomeia é assinada pelo diretor de Planejamento e Pesquisa, Jony Marcos Lopes, que também acumula o cargo com o de diretor-geral interino porque o titular, Luiz Antônio Pagot, está de férias e o segundo na linha sucessória, José Henrique Sadok de Sá, foi afastado por suspeita de envolvimento nas irregularidades da Pasta.