Alguns setores do varejo mostram esgotamento, diz CNC

Os resultados do varejo de julho não apontam uma tendência de desaceleração do comércio, mas mostram que "certos ramos do varejo estão atingindo seu esgotamento natural", segundo analisa o chefe do departamento de economia da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas.

Segundo ele, o "ciclo de bens duráveis" está perdendo naturalmente o fôlego, porque não inclui produtos de reposição imediata. "Quem compra uma TV vai demorar a adquirir novamente um produto similar", exemplifica. A expectativa do economista é que as vendas no varejo de bens de consumo duráveis aumentem 9% em 2006 ante o ano passado, contra uma expansão de 16% apresentada em 2005 ante o ano anterior.

No caso dos não duráveis, a estimativa é que as vendas aumentem 8% em 2006 ante o ano passado, contra uma expansão de 3% apresentada em 2005 ante o ano anterior. Thadeu de Freitas avalia que o varejo em julho – com queda de 0,45% nas vendas ante mês anterior – refletiu o "crédito caro" porque os juros reais estão muito altos, já que a Selic nominal está caindo em ritmo mais lento do que a inflação. Para ele, o varejo vai mostrar nova aceleração no quarto trimestre e fechará o ano com aumento de 5% nas vendas ante 2005.

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