O presidente do Conselho de Administração do Grupo Votorantim, Antonio Ermírio de Moraes, disse que o alerta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a possibilidade de abertura das importações, caso os empresários ajustem preços, gerando inflação, não atinge os "empresários sérios". "A maioria só aumenta preços quando há uma defasagem enorme entre a inflação e os preços que são praticados nos seus produtos, gerados pelos custos de sua fabricação. Mesmo assim os ajustes sempre ficam abaixo da inflação, como no caso do Grupo Votorantim".

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Além do mais, argumenta o empresário, os produtos são competitivos. "Foram longos anos de investimentos para produzir de maneira competitiva. Antigamente estas ameaças de importação assustavam. Hoje os empresários exportam e também sonham em ter um mercado interno forte, o que ainda não ocorreu".

Ele lembrou que alguns governos anteriores já ameaçavam com importações quando havia remarcações de preços. "E que não é o caso de agora, com as empresas segurando aumentos que acompanhem a inflação internamente, pois sabem que o poder aquisitivo dos consumidores não permite este comportamento. Ficariam sem vendas", disse.

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