O vice-presidente José Alencar disse hoje que a derrota do governo no Senado, que aumentou o salário mínimo para R$ 275, não significa perda de credibilidade junto ao Legislativo. Para José Alencar, ?o governo ganhou credibilidade com esse resultado, porque mostrou que não saiu dos parâmetros básicos e éticos na condução da votação no Senado?.
O vice-presidente disse ainda não ter dúvidas de que o presidente Lula, ?se pudesse dar R$ 261, não teria mandado a mensagem com R$ 260 para o Congresso?.
?Sei que ele sofreu mais com isso do que qualquer outro. Mas isso será corrigido e nós teremos tempo de fazer cumprir todos aqueles compromissos de uma melhor distribuição de renda nacional?.
Antes da votação José Alencar revelou que conversou com os senadores do PL Marcelo Crivella (RJ), Magno Malta (ES) e Aelton Freitas (MG). ?Ainda que eu tivesse feito um apelo para que votassem a favor do governo, tendo em vista que o partido é aliado e mais do que aliado, é governo, eles tinham suas razões e tive a oportunidade de dizer para eles que, democraticamente, eu respeitaria qualquer que fosse a decisão deles?.
Para o vice-presidente, o mínimo de 260, 275 ou de 300 reais hoje não representa nada, porque as empresas no Brasil não estão atreladas a esse mínimo. ?Normalmente as pessoas ganham mais?, disse.
José Alencar defendeu um salário mínimo para cada região, por causa das diferenças existentes. ?Num município do interior de um estado do Nordeste, Norte ou Centro-Oeste, quando numa família uma moça ganha um salário-mínimo, isso é motivo de festa. Isso não acontece aqui no Rio e em São Paulo, porque o salário mínimo não dá direito nem para o transporte e para o lanche. É preciso que reconheçamos isso. Tem que haver um estudo para diferenciação salarial nas várias áreas do Brasil para entrarmos na realidade. O salário mínimo no Brasil sem diferença regional é uma imagem absolutamente vencida?.
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