A cirurgia a que se submeteu hoje o vice-presidente José Alencar não deve prejudicar sua capacidade de conduzir normalmente a campanha eleitoral deste ano. A avaliação foi feita hoje pelo médico da família de Alencar, Manoel Cataldo, que conversou rapidamente com a imprensa após deixar o Hospital Sírio-Libanês, onde o vice-presidente está internado. A previsão é de que Alencar consiga se recuperar completamente em até 14 dias. "Nós esperamos que ele esteja em sua plena capacidade de saúde dentro de dez a 14 dias", afirmou o médico.
Cataldo também detalhou a cirurgia que, segundo ele, transcorreu "muito bem". O médico explicou que o tumor diagnosticado na semana passada em um exame de rotina possui cerca de 4 centímetros de diâmetro e foi completamente removido, por meio de uma incisão de 10 a 20 centímetros de extensão. O material coletado já foi encaminhado para exame de análise patológica e o resultado deve sair dentro de três a quatro dias, segundo Cataldo.
O cirurgião evitou dizer se a morfologia do tumor permite dizer preliminarmente se trata de uma lesão maligna ou benigna. "É difícil fazermos agora uma suposição diagnóstica e, neste caso particularmente, precisamos esperar os resultados dos exames", afirmou. Questionado sobre se a lesão pode ter algum tipo de relação com tumores anteriores removidos em outras cirurgias pelas quais Alencar passou, Cataldo afirmou que tudo indica que o tumor removido hoje representa uma lesão primária, ou seja, não possui relação com os demais tumores já retirados do corpo do vice-presidente.
Apesar das afirmações de Cataldo, o médico responsável pela cirurgia realizada hoje, Raul Cutait, preferiu não descartar qualquer possibilidade enquanto o resultado dos exames não estiver pronto. Confirmando que a cirurgia ocorreu sem problemas Cutait afirmou que ainda é cedo para dizer se o tumor é maligno ou benigno, ou se possui algum tipo de relação com outras doenças diagnosticadas anteriormente em Alencar. "Existem muitas possibilidades, mas a gente não sabe o que é ainda", disse.