O vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, disse hoje que serão rigorosas as investigações sobre a suposta queima de arquivos da ditadura militar na Base Aérea de Salvador, divulgada em reportagem da TV Globo.

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"Nós temos que saber quando foi, quem foi, por que foi, por ordem de quem, e o texto desses documentos. A história do Brasil, obviamente, tem direito de conhecer. Isso é um episódio da história", destacou o ministro, ao participar da cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Militar ao senador Romeu Tuma (PFL-SP), no Quartel-General do Exército.

Alencar afirmou também que as forças armadas estão tranqüilas. "Estamos, obviamente, cumprindo o dever. As forças armadas estão rigorosamente tranqüilas em relação a isso porque tudo será examinado de acordo com a lei. Fora da lei, não há salvação", ressaltou Alencar, citando a Guerrilha do Araguaia como outro fato histórico que precisa ser conhecido por completo.

Indagado se a queima de arquivo denunciada na reportagem poderia ser uma armação, o ministro disse que o inquérito policial militar requisitado pelo Aeronáutica é a melhor maneira de confirmar se o fato é verídico. "Não temos condições de fazer conjecturas, não há necessidade", disse José Alencar.

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Segundo a reportagem, 78 documentos referentes ao período entre 1964 e 1994 teriam sido queimados há cerca de 15 dias na Base Aérea de Salvador. A reportagem mostrou imagens do terreno onde, supostamente, ocorreu a queima do arquivo.