O vice-presidente José Alencar, que foi ministro da Defesa até o ano passado, defendeu hoje a manutenção da atividade de controlador de vôo sob controle da Aeronáutica, ao contrário do que defende o atual ministro, Waldir Pires, que quer passar o setor para a esfera civil. "Acredito muito na formação militar para determinadas atividades. Essa é uma atividade que exige muita disciplina, hierarquia, treinamento", afirmou, após a solenidade de posse do novo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Walton Alencar Rodrigues.
Alencar afirmou que a crise do setor aéreo está próxima de ser debelada e pediu um voto de confiança para o Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica, que a seu ver estão se empenhando para encontrar soluções. "Essas coisas podem acontecer. Não deveriam, mas acontecem", afirmou. Para o vice-presidente, o último apagão aéreo, que paralisou os aeroportos de São Paulo, Brasília e Rio, além de outras capitais não resultou de sabotagem: "Foi uma falha de manutenção, portanto, humana.
Ele disse que participou da comissão que formulou, em 2003, na gestão do ministro José Viegas, os marcos regulatórios da aviação civil e tem uma visão otimista da crise. "Tudo isso que está acontecendo deve servir de lição para que nos aparelhemos melhor, tanto em recursos humanos como em recursos técnicos", enfatizou.