O vice-presidente e ministro da Defesa José Alencar defendeu hoje a apuração do
suposto crime de queima de arquivo da ditadura militar, na Base Aérea de
Salvador. "Nós estamos aguardando o final do inquérito e eu acho que tudo tem de
ser apurado para que todos os brasileiros conheçam a verdade do que aconteceu",
argumentou após a cerimônia de troca da bandeira nacional, na Praça dos Três
Poderes, em Brasília.
O resultado do Inquérito Policial Militar (IPM),
que está sob sigilo, ainda não foi encaminhado a José Alencar. Segundo
reportagens exibidas pelo "Fantástico", da Rede Globo, os documentos foram
incinerados no aeroporto. Há denúncias ainda de que o local onde os papéis foram
incinerados pode ter sido alterado, o que teria maquiado o resultado do
IPM.
Em razão dessa denúncia, o secretário nacional de Direitos Humanos,
Nilmário Miranda, anunciou uma perícia em que serão analisadas as imagens da
reportagem do Fantástico e as feitas para o IPM.