A Alemanha começou esta Copa do Mundo com uma goleada de 4 a 0 sobre a Austrália e pegará a Sérvia nesta sexta-feira em Port Elizabeth, em jogo que pode significar um passo de gigante em direção às oitavas. A partida abre a segunda rodada do grupo D e começa às 8h30, horário de Brasília.
Os sérvios, que amargaram 1 a 0 diante de Gana, entram em campo sem direito de errar e apostam todas as fichas em Radomir Antic e Dejan Stankovic para continuar nesta que é a primeira Copa do país depois da independência.
São situações exatamente diferentes: o artilheiro sérvio Milan Jovanovic prometeu que a seleção, a mais alta deste Mundial, vai deter a potência alemã, que lidera o grupo D com três pontos e melhor saldo de gols do que os ganeses, que no dia seguinte enfrentarão a Austrália.
“A derrota não nos abateu em nada”, garante o atacante do Standard de Liège, da Bélgica. “Esperávamos ganhar de Gana e agora estamos feridos”, disse, em contradição. “A Alemanha esteve impressionante diante da Austrália e é a seleção que até agora mais teve impacto neste Mundial, como uma verdadeira máquina”, concluiu.
A seleção de Joachim Löw espera um novo show dos jovens Thomas Müller e Mesut Özil, que brilharam na estreia contra os australianos e fizeram cair no esquecimento o desfalque do capitão Michael Ballack.
Sami Khedira foi quem assumiu esse papel importante e quer repetir a dose diante dos sérvios: “Temos que estar prontos para correr e ao mesmo tempo repetir o jogo que fizemos contra a Austrália”, afirmou o volante de 21 anos.
No meio-campo, Khedira deverá travar uma batalha com Dejan Stankovic, o capitão da Sérvia que conseguiu a tríplice coroa com o Inter de Milão (Liga dos Campeões, Campeonato Italiano e Copa da Itália) e está com sede de vitória depois do vexame de quatro anos atrás, época ainda de Sérvia e Montenegro.
“Essa partida servirá para que tiremos conclusões mais claras”, acrescentou Khedira, antes de reconhecer o poderio de Stankovic, já visível nas eliminatórias, quando mandou a França para a repescagem.
A Alemanha, no entanto, sabe que a qualquer momento pode definir o jogo com a dupla ofensiva e bem-sucedida da última Copa, Lukas Podolski e Miroslav Klose, que abriram a goleada sobre os australianos. Müller e Cacau selaram o placar de 4 a 0.
Klose, que já tem 11 gols em Mundiais e quer bater o recorde de Ronaldo (15), exalta outra façanha: “Nunca tivemos um número 10 nato e agora o encontramos”, disse Klose, em referência ao Messi alemão, Özil. “Ele ganhou a posição, e é uma vantagem o termos conosco”, elogia.