A dependência cada vez maior de combustíveis poluentes faz com que a economia mundial siga emitindo quantidades de dióxido de carbono além do limite tolerável. Pesquisadores de várias nacionalidades estão preocupados com os índices de crescimento das causas do efeito estufa, enquanto não poupam críticas à má vontade dos governos da maioria dos países industrializados, em retardar a inclusão desse tema candente em sua agenda de prioridades.
Aumentar a emissão de gases poluentes na atmosfera significa comprometer não somente o clima futuro da Terra, mas acelerar a erupção da conseqüência atroz do aquecimento global em níveis insuportáveis para a natureza e os seres vivos.
O crescimento dos níveis de dióxido de carbono e outros gases poluentes na atmosfera terrestre resultam das atividades humanas, sobretudo dos processos de transformação industrial de matérias-primas e da exploração desordenada dos recursos naturais.
Estão ainda bem vivos na mente de todos os informes liberados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, também conhecido pela sigla IPPC em inglês, uma iniciativa chancelada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Este ano saiu um minucioso estudo sobre o estágio atual das mudanças climáticas no planeta, ademais das perspectivas pouco alentadoras para as próximas décadas.
Destarte, tanto os dirigentes dos países industrializados quanto dos emergentes estão compelidos a envidar um esforço conjunto para restringir a ação deletéria do dióxido de carbono, principal responsável pelos desequilíbrios climáticos descritos pelo painel. Desde 2000, as emissões de dióxido de carbono superaram todos os limites previstos pelos cientistas.
Não se pode minorar a decepção causada pela realidade que nenhuma região da Terra está efetivamente empenhada em bloco na ?descarbonização? de seu complexo de abastecimento de combustíveis. Cumprindo seu papel normativo, a ONU insiste em recomendar aos países-membros a adoção de incentivos para o desenvolvimento das chamadas tecnologias limpas. Em 2004, os países ricos contribuíram com 43% das emissões e com 73% do crescimento das emissões globais.