O líder da Minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), lamentou nesta quinta-feira (30) a adesão em bloco do PMDB ao governo de coalizão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), neste segundo mandato. "É uma pena. O PMDB perde (com a atitude) a oportunidade de se firmar como alternativa ao poder, pois não se pode fazer coalizão sem concordar com essa política desastrosa que o governo Lula vem implantando", disse o parlamentar.
Na sua avaliação, com a adesão do PMDB, o governo petista terá ampla maioria na Câmara para aprovar as matérias de seu interesse. Por essa razão, ele disse que seu partido está trabalhando para lançar a candidatura de José Agripino Maia (PFL-RN) à presidência do Senado, para enfrentar o PMDB do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Precisamos reaver a autonomia e a independência da Casa, pois se a oposição tiver (a presidência) do Senado, quebraremos a hegemonia de poder do governo Lula", emendou. Ainda sobre a adesão do PMDB, o líder alfinetou: "O PMDB se especializou em estar sempre com o governo. No passado, diziam que isso era coisa do PFL.
PIB
Aleluia falou também a respeito do desempenho do PIB no terceiro trimestre deste ano. "Este resultado é um ensaio para os quatro anos (de governo Lula) que teremos pela frente, é o chamado clima antidesenvolvimentista." O líder da Minoria na Câmara dos Deputados destacou, ainda, que não adianta o governo ficar fazendo discurso em prol do crescimento, na medida em que os dados macroeconômicos não apontam nesta direção. "Além disso, o governo não tem adotado nenhuma medida favorável ao crescimento.
O parlamentar destacou que o papel da oposição, no segundo mandato do presidente Lula, será o de alertar a sociedade que o caminho adotado pelo governo petista representa "a fórmula do fracasso, o caminho do não desenvolvimento". Paralelo ao alerta, Aleluia disse também que é necessário também a oposição estar unida na apresentação de sugestões e pautas alternativas à população.