O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, afirmou que não acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolva divulgar apoio a um dos candidatos à presidência da Câmara. "Acho que o presidente Lula não vai tomar partido", afirmou ele após a cerimônia de posse para um segundo mandato do presidente do Sebrae, Paulo Okamoto. Rebelo afastou a hipótese de ir ao Palácio do Planalto para conversar com o presidente Lula sobre sua campanha à reeleição. Segundo ele, a campanha acontece no Poder Legislativo e não na esfera do Executivo.
Sobre a possibilidade de um acordo visando o segundo turno das eleições, afirmou: "eu posso ganhar no primeiro turno". Aldo Rebelo minimizou também a possibilidade de surgimento de uma terceira candidatura à Presidência da Câmara. "Não discuto primeira via, segunda via ou quinta via a partir dos meus interesses. Todas as candidaturas são legítimas. Eu tenho plataforma e idéias do que a Câmara dos Deputados deve ser", disse
Ele fez críticas às negociações que envolvem composição em assembléias legislativas ou ministérios. "Quando tivermos postas as idéias de todos os candidatos e o debate nacional que querem para o Brasil: que a presidência da Câmara tem de compor para o País – crescimento da economia, discussão com governadores e prefeitos – ou se a presidência tem de ser eleita a partir de acordos regionais em torno de assembléias legislativas e a partir da composição ou promessas ministeriais. Esta é que é a diferença fundamental. Você elege o presidente da Câmara a partir desse tipo de política ou a partir de idéias e projetos com uma agenda para o País.
Na entrevista, o presidente da Câmara disse que tem segurança de que tem votos para prosseguir a campanha pela reeleição. Aldo disse ainda que não trabalha com divisão de partidos e que o PSDB não rachou por sua causa. "Ele (o partido) tem divergências internas". Ele salientou que tem um maior apreço pelo deputado Arlindo Chinaglia, ressaltando que não se trata de uma disputa pessoal e muito menos que seja uma disputa do PT com o PCdoB porque são antigos aliados. "A disputa é de idéias, é de como vamos enfrentar as agendas complexas que o país vai enfrentar nos próximos anos.