As distribuidoras de combustíveis estão aproveitando o apagão aéreo e as viagens de fim de ano para reajustar em 20% o preço do álcool. A denúncia foi feita ontem (27) pela presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sincopetro), regional de Sorocaba, Ivanilde Vieira. O reajuste do álcool combustível já começou a ser repassado ao consumidor nas bombas.

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Ivanilde classificou a medida como "extremamente oportunista". O período favorável às viagens, segundo ela, está sendo usado para elevar o preço do produto que, conforme os produtores e distribuidores, têm estoque suficiente para abastecer o mercado. Ela lastima o fato, principalmente porque ele tem se repetido em períodos importantes do cotidiano do brasileiro.

A presidente do sindicato lembra que, no ano passado, faltou álcool justamente na época do carnaval. Para ela, além das festas de fim de ano, a crise no setor aeroviário, com grandes atrasos em vôos, também estimulou o aumento do preço, já que as viagens terrestres passaram a ser a melhor opção para quem vai passar o revéillon, ou as férias, longe de casa.

"O aumento no preço do álcool acontece desde a véspera do Natal. O repasse no valor do produto, porém, só teve início nesta semana, quando os estoques findaram", disse. Para Ivanilde, o reajuste no álcool deverá resultar num aumento do preço da gasolina, que tem 23% de álcool. A presidente do Sincopetro disse que, a cada aumento nos produtos, os postos, que já trabalham com margens apertadas, também têm de repassar imediatamente ao consumidor.

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