Brasília – O pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) reúne-se agora à tarde, em Brasília, com os presidentes nacionais do partido, senador Tasso Jereissati (CE), e do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), para tentar encerrar os conflitos internos que poriam em risco a aliança entre as duas legendas e dificultariam a campanha. Será a primeira conversa de Alckmin, Jereissati e Bornhausen, desde que o prefeito do Rio, César Maia (PFL), sugeriu que o PFL abra mão da indicação do candidato a vice-presidente na chapa e fique livre para fazer as alianças estaduais. Maia assumiu essa posição em resposta ao lançamento da candidatura do deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ) a governador do Estado.
A explicação dos tucanos, que ficaram surpresos com a atitude do prefeito do Rio, é de que ele teria se sentido ameaçado com o eventual crescimento do nome de Paes, com quem está rompido. O presidente nacional do PSDB preferiu não acirrar a polêmica, afirmando que, na verdade, quem dá a palavra final sobre a coligação e as questões internas do PFL é o presidente nacional do PFL. "Temos um compromisso assumido com o PFL que o candidato a vice é do partido e estamos aguardando a escolha. Qualquer coisa que não saia da conversa direta com Bornhausen não é conversa para comentar", disse, desautorizando Maia.
Segundo Jereissati, o PSDB tinha um compromisso de apoiar o PFL no Rio se o candidato fosse o prefeito. Mas, como Maia desistiu, a sigla ficou à vontade para montar o palanque, pois ele lançou o nome do secretário Obras da prefeitura da capital fluminense, Eider Dantas, para governador. "Por isso mesmo, não há motivo para críticas", afirmou o presidente nacional tucano. Para Jereissati, as contendas regionais continuarão na pauta das duas agremiações ao longo da campanha. "As pendências locais e estaduais são muito diversificadas."