Para evitar uma nova crise com seus parceiros políticos, o candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, minimizou críticas de setores do PFL à campanha tucana. "Esse disse-que-disse tem prazo para acabar. Vai terminar quando começar a campanha", afirmou, preferindo não bater boca com o prefeito do Rio, César Maia, que acusou o PSDB de estar de "salto alto". Alckmin tentou aparentar tranqüilidade, apesar do baixo desempenho nas pesquisas eleitorais, e pediu paciência aos aliados para enfrentar essa fase que exige "muita engenharia política".

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As divergências políticas entre PSDB e PFL em vários Estados e as críticas de desorganização da campanha, segundo o candidato, não atrapalham em nada. "É zero. Não tem nenhum reflexo", observou, certo de que as dificuldades serão contornadas a partir de 15 de agosto, quando começam os programas eleitorais no rádio e televisão. Ele também acredita que crescerá nas pesquisas e levará a eleição para o segundo turno.

Para não se envolver diretamente na briga entre o PSDB e o PFL em Goiás, onde terá dois palanques, Geraldo Alckmin precisou se desdobrar para agradar aos dois parceiros. O PSDB está apoiando a reeleição de Alcides Rodrigues, do PP, que assumiu o governo estadual no lugar do tucano Marconi Perillo, que vai disputar o Senado. Ele foi recebido no aeroporto por tucanos capitaneados por Marconi Perillo. "Eu vou colar nele", disse Perillo, que está com 80% nas pesquisas eleitorais.

Ao lado de seu principal cabo-eleitoral, saiu para tomar cafezinho e comer pão de queijo em uma padaria, sendo recebido como "Geraldinho" pelos funcionários. Em seguida, ouviu uma maratona de discursos sobre educação no seminário organizado pelo PSDB. No final do dia, Alckmin se encontrou com partidários do PFL em evento na Associação Comercial e Industrial do Estado. "Eu não crio problema nenhum", disse o senador Demóstenes Torres que neste domingo vai oficializar sua candidatura ao governo estadual. O PFL, que está sob intervenção da direção nacional, também está dividido. Uma parte queria uma aliança com Perillo.

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