São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato a presidente, minimizou hoje o resultado da pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada sábado (04), que aponta a preferência de 60% dos eleitores tucanos por uma candidatura presidencial do prefeito da capital paulista, José Serra (PSDB). De acordo com Alckmin, esse desempenho de Serra é justificado porque Serra disputou a última eleição presidência. O governador de São Paulo alegou que tem um "menor grau de conhecimento" dos eleitores.
"Nós temos um nível de conhecimento menor. É óbvio que, nas regiões onde somos menos conhecidos, temos uma preferência menor", analisou, após participar da assinatura, num evento na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do projeto que estabelece a Lei de Inovação, o qual será encaminhado à Assembléia Legislativa.
Alckmin disse que os resultados dos mais recentes levantamentos, que o posicionaram com cerca de 20% das intenções de voto, não serão o fator principal a influenciar a decisão do partido na escolha do candidato presidencial.
Apesar de ter mantido uma relativa estabilidade no último Datafolha, ele disse ser "plenamente possível" reverter o favoritismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "As coisas estão indo bem e estamos começando uma jornada que eu esperava iniciar com 7% ou 8%, por não ser conhecido no Brasil, e já começo com 20%. Nove pontos porcentuais de diferença com o presidente Lula, basta eu virar cinco pontos. Eu tinha 25 pontos porcentuais atrás do (Paulo) Maluf (ex-prefeito da cidade), e ganhei a eleição", argumentou, referindo-se à eleição de 2002 para governador.
Alckmin insistiu que "eleição só começa após a convenção do partido e o início do programa de rádio e TV". "Quando começar o horário eleitoral de rádio e TV, você elimina as pesquisas e inicia o jogo. Como dizia Didi (jogador do Botafogo e da seleção brasileira), treino é treino e jogo é jogo", acrescentou.
