Alckmin redobra esforço para obter apóio no PSDB

O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) disse hoje (29) que continua na disputa pela candidatura tucana à presidência da República até se encerrar o "prazo político" do partido, 30 de março. Até lá, o governador continua com extensa agenda de inaugurações de obras, lançamentos de programas de governo e participações em eventos pelo Estado. Nos finais de semana, vai "percorrer o Brasil", tentando dar visibilidade a seu nome fora de São Paulo e melhorar seu desempenho nas pesquisas de intenção de votos, principal critério do PSDB na escolha do candidato

Alckmin tentou amenizar o clima da disputa com o prefeito de São Paulo, José Serra. "Acho que há grande probabilidade de um entendimento. De não ter disputa. Eu acredito firmemente e vou trabalhar pra isso," discursou. No entanto, luta para reverter as últimas manifestações da cúpula tucana, favoráveis a Serra

Na quinta-feira, Fernando Henrique Cardoso reuniu em seu apartamento o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE). Ao chegar, Tasso adiantou o que Serra tem evitado manifestar. "Claro que ele é candidato", disse. Fernando Henrique, tido como a última palavra na escolha, declarou que "José Serra será candidato se o povo quiser que ele seja", minimizando o eventual desgaste da saída do prefeito no meio do mandato e demonstrando o peso das pesquisas na decisão final do PSDB

Hoje Alckmin pregou calma ao partido na definição do nome do presidenciável enquanto inaugurava uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 26 novos leitos no hospital Ipiranga, zona sul de São Paulo. "Não vejo razão para correria", disse. "No dia 30 de março o PSDB terá um grande candidato à presidência", continuou. Nesse intervalo, espera "ouvir as pessoas" e "conhecer as regiões" do País para construir um programa de governo consistente. "Você tem que conquistar a confiança das pessoas, com um bom projeto para o futuro.

Alckmin avaliou que o PT deve ficar cada vez mais isolado com a queda da verticalização, acreditando que a decisão encoraja partidos importantes, como o PMDB, a lançarem candidatura própria para a presidência. "A possibilidade do PMDB apoiar o PT ficou muito pequena", disse. Mesmo chamando de "derrotável", considera o presidente Lula o grande adversário a ser batido. "Não é que um vai mal que o outro pode ir bem automaticamente", complementou, dizendo que é uma "boa opção do PSDB", por ainda ter grande potencial de crescimento

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