Alckmin promete manter política de metas de inflação

O candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (20) que vai manter a política de metas de inflação e a autonomia operacional do Banco Central. "Os juros vão cair à medida que você tiver uma política fiscal melhor, mais dura", afirmou, em entrevista à rádio CBN. "O que essa política monetária fez: o Brasil não cresceu, uma enxurrada de dólares aqui dentro e o câmbio desvalorizou demais", acrescentou. Ele negou que defenda o câmbio fixo e garantiu que manterá a política de câmbio flutuante administrado.

Alckmin negou que tenha sido abandonado pelos companheiros de partido. Ressaltou que ganhou as eleições em muitos Estados e em capitais do Nordeste. "Acho que nós temos um apoio importante e estou confiante no segundo turno. Acho que o Brasil pode ir melhor. O PT já teve sua chance", considerou. Ele criticou o governo em relação à ética, gestão, crescimento e investimento.

O candidato negou que a Febem tenha sido um fracasso de sua gestão no governo de São Paulo e ressaltou o investimento em unidades descentralizadas no Estado, em substituição aos grandes complexos. "Está melhorando muito", garantiu. "Eu acredito na recuperação do jovem. Quem é que já não foi jovem, quem é que já não errou?", questionou.

Negou também ser uma contradição a criação de um Ministério da Segurança Pública, já que uma de suas principais críticas ao governo Lula é a quantidade de ministérios. "Vamos fazer um novo organograma. O Brasil precisa ter 34 ministérios? Tem Ministério da Pesca! É para dar cargo para os petistas que perderam a eleição.

Ao ser questionado sobre por que não defendia o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Alckmin respondeu: "O Fernando Henrique não é candidato." Em seguida, elogiou as privatizações feitas no governo FHC. Segundo ele, as empresas que foram privatizadas davam prejuízo e o orçamento era utilizado para cobrir as despesas. "O que foi feito foi correto" afirmou. Disse que há hoje 90 milhões de celulares no País, que a Embraer triplicou o número de empregados e que o valor pago pela Vale do Rio Doce foi decidido em leilão.

Mais uma vez, negou que vá privatizar a Petrobras, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e os Correios. "O Estado de São Paulo tem um banco, a Nossa Caixa, que podia ter privatizado e não privatizei, recuperei. O Lula privatizou o Banco do Estado do Ceará e o Banco do Estado do Maranhão", citou. O candidato afirmou que sua idéia é fazer concessões de estradas e formar Parcerias Público-Privadas para investir em infra-estrutura e logística no País. Prometeu respeito aos contratos e a despolitização das agências reguladoras e voltou a criticar a postura do governo no conflito com a Bolívia sobre a questão do gás.

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