Alckmin promete início da reforma tributária em janeiro

O candidato a Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), prometeu para os empresários do Sul de Santa Catarina que a reforma tributária começa em janeiro. Caso eleito, também garante para o início do próximo ano outras duas `espinhosas’ reformas: a administrativa e a política. Na passagem por Criciúma, a 200 quilômetros de Florianópolis, assegurou a continuidade da duplicação da BR-101/Sul e recebeu dezenas de reivindicações das associações de classe, entre elas a dos empresários do setor carbonífero, um dos mais importantes do país.

Alckmin chegou na cidade por volta das 13h30, vindo de Chapecó, oeste catarinense, onde cumpriu agenda na parte da manhã. Almoçou com candidatos e seguiu para a sede do Sindicato das Indústrias de Carvão de Santa Catarina (Siecesc). Lá recebeu três relatórios com reivindicações da Associação Comercial e Industrial de Criciúma, do Sindicato da Indústria Cerâmica e do próprio Siecesc. Entre os pedidos, a ampliação do aeroporto regional Diomício Freitas mereceu um apelo público do governador do Estado, Eduardo Pinho Moreira (PMDB). Administrado pela Infraero desde março, o terminal continua vazio e sequer oferece vôos para capitais como São Paulo, fator apontado pelos empresários como "desanimador e desconcertante". Pinho Moreira também destacou a importância estratégica do setor carbonífero, "que agora mostra ser fundamental para a produção de energia termelétrica, em virtude da estiagem que castiga Santa Catarina".

Sobre a BR-101, principal reivindicação dos empresários do Sul, Alckmin disse que o ritmo lento das obras mostra "como o Brasil caminha a passos de tartaruga" e que o país deve "lamentar a carga tributária de 38,8% do PIB e parcos investimentos de 0,4% em infra-estrutura", fazendo espaçadas referências à reforma tributária.

Quanto à reforma administrativa na União, diz que será preciso reduzir ministérios e cargos em comissão, sem citar quais ministérios poderiam ser extintos. "Além disso, é preciso medidas como a que implantamos em São Paulo, com a compra eletrônica, que significou uma economia de R$ 4 bilhões". O tucano emendou a fala, discursando sobre a reforma política, que considera fundamental para a "fidelidade política e a conseqüente estabilidade".

Petistas

Alckmin visitou ontem dois dos mais importantes redutos petistas em Santa Catarina: Chapecó e Criciúma. Disse que a passagem pelas cidades "foi uma coincidência" e que sente que sua campanha decolou mesmo antes do horário eleitoral gratuito, apontado como fator diferencial numa campanha política. "As pessoas estão entrando no clima. Percebi isso nas carreatas".

A visita em Santa Catarina foi acompanhada pelo senador catarinense Jorge Bornhausen, presidente nacional do PFL, que disse preferir não comentar sobre o PT, segundo ele, "um partido que acabou". Questionado se retiraria qualquer outra declaração contra o partido, o senador respondeu que "não há nada a retirar nem a acrescentar em suas declarações". Alckmin concluiu dizendo apenas que "o PT decepcionou".

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