O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, não deixou claro nesta quinta-feira (26), durante sabatina promovida pelo Grupo Estado, qual será o comportamento de seu partido e de outros que compõem a oposição, na questão do dossiê Vedoin, depois das eleições presidenciais deste ano, caso seja derrotado.

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Indagado se a eleição terminaria sob suspeição, caso as questões do dossiê não fossem esclarecidas até o encerramento do segundo turno, ele mencionou os casos de corrupção do governo atual, comentou que este escândalo mais recente precisa ser apurado e destacou que "dá para saber" a origem do dinheiro usado na tentativa de compra do dossiê.

"Mas é óbvio que isso precisa ser apurado e verificar a origem (do dinheiro). Não é possível não saber como é que o dólar entrou no País. É óbvio que dá para saber de onde vem o dinheiro é claro que dá para saber", limitou-se a dizer Alckmin quando, pela segunda vez, foi perguntado sobre a situação do impacto do dossiê no período seguinte a eleição.

Nos bastidores da política nacional, há a expectativa de qual será o comportamento da oposição, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja reeleito. Não estaria descartado por setores oposicionistas um "terceiro turno", que poderia se entendido como uma tentativa de impedir a posse de Lula, cassando o registro de sua candidatura ou mesmo por um processo de impeachment.

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Corrupção estimulada

Segundo Alckmin, o governo Lula foi "tolerante" com escândalos que surgiram durante a administração atual. De acordo com ele, esta impunidade verificada estaria "estimulando" a corrupção no País.

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Alckmin listou as inúmeras CPIs que foram realizadas durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva, como a dos Bingos e a dos Correios, e mencionou casos de irregularidades que apareceram durante o governo atual, como o caso GTech e a violação do sigilo do caseiro Francenildo Costa, que provocou a demissão do então ministro da Fazenda Antonio Palocci. "É impressionante a capacidade de mentir, de não dizer a verdade, de falsear a verdade, de enganar as pessoas", disse.

Prefeitura de SP em 2008

Em outra questão que se baseava na hipótese de derrota tucana no pleito deste ano, Alckmin evitou responder qual seria seu futuro político. Indagado se poderia disputar a Prefeitura de São Paulo em 2008, ele limitou-se a dizer que o importante, neste momento, é a eleição deste ano para a Presidência da República. "Em relação ao futuro, domingo é ganhar a eleição", comentou.