Alckmin: FHC foi ‘responsável pela inclusão social’

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), considerou hoje “equivocada” a avaliação negativa feita sobre o artigo escrito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e divulgado na segunda-feira, sob o título “O Papel da Oposição”. No texto, feito para a revista “Interesse Nacional”, o tucano criticou o que chamou de “falsidades ideológicas” do PT e ressaltou que o PSDB deve se aproximar da classe média e parar de disputar com o PT a influência sobre “os movimentos sociais e o povão”.

Após evento na capital paulista, o governador elogiou o ex-presidente como o grande responsável pela inclusão social no País e ressaltou que as iniciativas de um governo precisam ser sempre voltadas aos mais carentes. “Eu acho que o texto foi tirado do contexto, uma avaliação equivocada”, afirmou. “Ele (FHC) é o grande responsável pela inclusão social no Brasil, por atender a população mais pobre”.

O governador citou iniciativas do ex-presidente que, segundo ele, ajudaram a população de menor renda. “O Plano Real, por exemplo, à medida que tirou o imposto inflacionário, melhorou a renda da população”. Alckmin destacou a criação de uma rede de proteção social na gestão do ex-presidente, que incluiu programas como o Bolsa Escola, o vale-alimentação e o vale-gás, entre outros. “O governo trouxe a rede de proteção social que o Brasil não tinha. Ela mudou de nome, passou a se chamar Bolsa Família, mas na realidade começou com o Bolsa Escola”.

De acordo com Alckmin, no artigo, o ex-presidente criticou o aparelhamento do Estado e o monitoramento dos movimentos sociais. “É evidente que o trabalho com a sociedade civil organizada e voltado à população de menor renda é extremamente necessário e é o nosso compromisso”, afirmou.

Oncologia

O governador inaugurou hoje o Centro de Investigação Translacional em Oncologia, o maior laboratório destinado à pesquisa sobre o câncer da América Latina. O investimento foi de R$ 2 milhões. A estrutura, de 2 mil metros quadrados, irá funcionar no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e haverá parcerias com o Hospital das Clínicas (HC), o Instituto do Coração (Incor), o Hospital A.C. Camargo e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

A área irá integrar especialidades como epidemiologia, genética molecular e biologia celular, entre outras. A cerimônia foi acompanhada pelo secretário estadual de Saúde, Giovanni Cerri, e pelo diretor geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Paulo Hoff.

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