Pouco a pouco, o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, está colocando de lado sua postura mais comedida para seguir a orientação de aliados, principalmente do PFL, de assumir uma atitude de confronto mais direto. Neste domingo (03), Alckmin endureceu seu discurso quando lançou duras críticas ao presidente Lula e quando comentou diversos pontos da administração petista. O candidato, que está em Campinas, no interior de São Paulo, para um ato de campanha, afirmou que o "governo federal é autoritário e que insiste em fazer em promessas que não será capaz de cumprir em um eventual segundo mandado".

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"Estamos vivendo um retrocesso", afirmou, alegando que questões como o mensalão e as tentativas do governo de controlar os meios de comunicação são alguns dos exemplos do autoritarismo que se instalou na administração federal.

Citando ainda o uso da máquina pública com objetivos eleitorais, Alckmin disse duvidar da capacidade de o governo atual realizar, nos próximos anos, o que não foi feito nos últimos quatro. "Eu não acredito que quem não fez as reformas e não reduziu gastos em quatro anos, vá fazer alguma coisa", disse.

Alckmin também responsabilizou o governo federal pela crise enfrentada pela fabricante de automóveis Volkswagen. Segundo ele a apreciação do real em relação ao dólar impediu a empresa de viabilizar uma plataforma de exportação para o modelo Fox. "Com esse câmbio, não há solução. Não há eficiência privada que consiga superar a falta de eficiência do governo", finalizou.

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