Alckmin e Doria tentam afinar relação

No mesmo dia em que lançou sua pré-campanha a presidente da República em uma plataforma digital, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) convidou o prefeito João Doria (PSDB) para um jantar no Palácio dos Bandeirantes a fim de “despressurizar” a relação com o afilhado político. O termo, segundo um auxiliar de Alckmin, foi usado por ele ao descrever a motivação do encontro.

Fora da agenda, o jantar aconteceu na terça-feira, 24, e também teve a participação do secretário de Governo da capital, Júlio Semeghini (PSDB), e o deputado estadual Pedro Tobias, presidente da legenda no Estado.

A conversa, que durou cerca de uma hora, aconteceu no momento que o PSDB paulista aumentou a pressão para que Doria desista da pretensão de disputar o Palácio do Planalto e concorra à sucessão de Alckmin. Essa tese ganhou força entre parte dos aliados do prefeito. Durante o jantar, o governador e Doria se comprometeram a orientar seus respectivos grupos a evitar embates e ataques no âmbito partidário.

O PSDB paulistano realizará no domingo a convenção que elegerá o novo diretório da sigla. O grupo de Doria deve levar pelo menos 50% dos delegados e eleger o vereador João Jorge presidente. Em novembro será a vez do diretório estadual tucano realizar o mesmo processo.

Em um sinal de que não desistiu da disputa presidencial, Doria falou ao governador sobre seu roteiro de viagens nacionais, que deve contemplar nove cidades até o fim de novembro. Hoje ele vai para Maceió e amanhã estará em Aracaju. O prefeito disse a auxiliares que Alckmin não o sondou diretamente sobre a disputa em São Paulo, possibilidade que ele não descarta totalmente. Doria diz que não pode ignorar essa hipótese se receber um pedido do governador.

Mas outros nomes já se apresentaram no PSDB para a disputa pelo Bandeirantes. O movimento mais recente foi do senador José Serra, que se reuniu com prefeitos tucanos e enviou sinais de que postula o cargo. O secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, e o sociólogo Luiz Felipe d’Avila também estão na fila.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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