Alckmin e cúpula do PFL traçam estratégia de campanha

O candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência da República, Geraldo Alckmin, tomou café da manhã, hoje, em Brasília, com a cúpula do PFL para traçar uma estratégia de reação na reta final da campanha. Foi feita uma avaliação da situação eleitoral de Alckmin, Estado por Estado.

Segundo o líder pefelista no Senado, senador José Agripino (RN), foram identificados quatro Estados em que a campanha está mais crítica: Paraná, onde o presidenciável registra seu pior desempenho na Região Sul; Espírito Santo, onde o quadro é considerado desastroso, porque o candidato teria sido abandonado pelos aliados; Maranhão, onde candidato-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem vantagem muito grande nas pesquisas; e em Minas Gerais, que, entre os grandes colégios eleitorais do País, registra a maior diferença entre Alckmin e Lula nas pesquisas (25% contra 52%, respectivamente).

Para esses Estados foi sugerida uma ação específica e ficou acertado que Alckmin fará uma carta aos prefeitos dos partidos aliados pedindo o engajamento deles na campanha e prometendo beneficiar os municípios se for eleito. Para a Região Nordeste, onde Alckmin tem sua pior performance no País, o líder Agripino sugeriu que o candidato apresente uma proposta concreta do que pretende fazer para cada Estado.

A avaliação dos pefelistas é a de que a campanha está muito genérica e que falta o candidato assumir compromissos concretos, apresentando um programa de governo. Um documento contendo as sugestões do PFL para o programa de governo de Alckmin foi entregue há dois meses, mas, até agora, o tucano não disse o que será aproveitado.

Reeleição 

Em dificuldades eleitorais no Sudeste, Alckmin fez hoje um aceno aos dois principais nomes do partido para a disputa presidencial de 2010 – o governador de Minas Aécio Neves e o candidato ao governo de São Paulo, José Serra – ao sinalizar claramente que abrirá mão da reeleição para um sucessor tucano, caso vença a atual disputa. Há pouco mais de um mês, Alckmin havia dito que reeleição é uma decisão do Congresso. Hoje, no entanto, ele acrescentou que, "no que eu puder ajudar, ajudarei para acabar com a reeleição".

Ele insistiu que as reformas e ações importantes do governo que não são feitas no primeiro ano de mandato dificilmente o serão num segundo governo. "Se o Lula não fez reforma tributária, reforma política e reforma fiscal, como vou acreditar que fará num segundo mandato?", indagou ao avaliar que votar em Lula é o mesmo que ficar esperando 2010. Segundo ele, Lula, em vez de fazer as reformas, ficou "surfando" nas reformas aprovadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso.

Alckmin aproveitou para fazer um elogio ao governador mineiro: "O Aécio fez as reformas no começo do governo e agora vai dar continuidade a elas". Ele fez também questão de explicar que o seu caso no governo de São Paulo é diferente porque não havia cumprido um primeiro mandato por inteiro, nem havia passado por uma eleição já que assumira na condição de vice do governador Mário covas, que morreu um ano antes de concluir o mandato.

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