O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), considerou "correta e constitucional" a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de manter a verticalização nas coligações para as eleições deste ano. De acordo com Alckmin o TSE não entrou no mérito da decisão do Congresso Nacional, que aprovou o fim da verticalização, mas avaliou o princípio constitucional de que não pode haver mudança nas regras eleitorais um ano antes da votação.
"Acho que a mudança (feita pelo Congresso) é correta, mas há um princípio constitucional mais alto; a decisão do Congresso vale, mas ela valerá para outra eleição", disse o governador.
Alckmin elogiou também outra decisão do TSE, a de autorizar apenas doações em cheque cruzado ou transferência bancária aos partidos nas eleições, proibindo as doações em dinheiro. "Dinheiro precisa ser contabilizado, dentro da lei, e é assim que se faz política", comentou o governador paulista.
Em ritmo de campanha, Alckmin visitou Ribeirão Preto, a 310 quilômetros da capital paulista, na manhã deste sábado (4) para entregar um helicóptero ao Programa de Radiopatrulhamento Aéreo e das obras da reforma de uma ponte.
O governador voltou a pedir calma quando indagado sobre a decisão do PSDB em relação ao nome que será o candidato à presidente da República. Disse que o importante é o PSDB estar unido e justificou a antecipação do debate dentro do partido sobre a escolha entre ele e o prefeito de São Paulo, José Serra, ao fato de os ocupantes de cargos públicos terem de renunciar no final deste mês para serem candidatos."A convenção é só em junho e a campanha, por lei, só a partir de julho; mas isso se antecipou em decorrência do prazo de desincompatibilização", disse Alckmin. "Eu cumpri todas as etapas dentro do PSDB, coloquei meu nome à disposição do partido e estou animado; é óbvio que quem o partido escolher terá meu apoio e eu espero que seja o Alckmin", completou.
Por fim, além de criticar o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – o qual voltou a chamar de "anti-Juscelino" e pediu "pé no acelerador" – Alckmin elogiou o PMDB, mas considerou difícil que o partido se alie ao PSDB ao menos no primeiro turno das eleições presidenciais. "O PMDB é nosso primo, porque nós todos somos originários do antigo MDB, mas o PMDB terá candidato a presidência da República", concluiu.