Alckmin diz que “viradas ocorrem no fim das campanhas”

A nove dias das eleições, o candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, ainda aposta na "virada" e confia em desdobramentos favoráveis das investigações sobre a compra do dossiê por pessoas ligadas ao PT. "Estamos aguardando. Não é possível terminar a eleição sem conseguirem explicar a origem do dinheiro. Isso é um deboche", afirmou o tucano, que investiu nesta sexta-feira (20) nos votos de Minas, segundo maior colégio eleitoral do País. "As grandes viradas ocorrem no final da campanha", repetiu.

"Não podemos achar que o que aconteceu no Brasil é uma coisa normal. Há um crime e ninguém explica. É fácil: só chamar o pessoal e pedir para dizer a verdade. Não mintam para o povo brasileiro", afirmou, em discurso para uma platéia de cerca de 200 pessoas, entre produtores agrícolas e lideranças políticas da região. Otimista, deixou no ar a expectativa de que espera fatos novos capazes de beneficiá-lo eleitoralmente. Todavia, preferiu não explorar o tema.

Antes do discurso do candidato, recheado de críticas ao governo federal, o governador reeleito Aécio Neves conclamou o povo a reforçar a campanha de Alckmin. Ele pediu a todos que colem "adesivos nos carros e bandeiras nas janelas". "Vamos multiplicar os votos e queremos um governo decente", disse, afirmando que o Brasil tem um crescimento pífio. "Vamos começar a grande virada e está na mão de cada um de nós", bradou. O governador lembrou que, no primeiro turno, a campanha começou com 12% e chegou a 40%.

Para garantir o apoio do agronegócio, forte na região, e desmistificar o poder das pesquisas, Alckmin disse que obteve 41 5%, dos votos, enquanto todas as pesquisas davam como certa a vitória de Lula no primeiro turno. Em dois momentos foi bastante aplaudido: quando se comprometeu a dar prioridade ao setor agrícola e quando atacou a corrupção no governo.

Depois do ato político, o tucano fez uma caminhada no centro de Uberaba. De carona na popularidade de Aécio Neves, distribuiu beijos e abraços, parou para tomar café com pão de queijo e correspondeu à ansiedade do público feminino que chamava atenção com suspiros e gritos. Foi o primeiro ato público após o debate na rede SBT. O tucano evitou comentar o tom menos agressivo que usou neste segundo debate. "A minha firmeza é a mesma", disse, para avaliar, contudo, que Lula "foi muito irônico".

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