O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, fez hoje um dos mais duros ataques nesta campanha ao adversário do PT, presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao rebater a declaração do presidente, que usou mais uma vez o discurso da ética para atacar a oposição, Alckmin frisou: "é uma bravata, não passa disso, (Lula) querer falar em ética parece piada". E continuou: "eu tenho respeito pelas pessoas, mas quero deixar claro o ódio e nojo pela corrupção e incompetência". Alckmin fez essas declarações após caminhada de mais de uma hora no Mercado Municipal de São Paulo.
O candidato considerou "inadmissível" a corrupção e incompetência prejudicar o povo brasileiro. "Temos de agir com muita firmeza", defendeu. Durante a caminhada, Alckmin foi abordado por eleitores que cobraram do tucano maior firmeza nas críticas ao presidente Lula. O candidato ouviu a sugestão e prometeu endurecer assim que começar o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, a partir do dia 15 de agosto.
Alckmin rebateu ainda a estratégia que vem sendo adotada por alguns dirigentes petistas de pedir a investigação do governo Fernando Henrique Cardoso no escândalo dos sanguessugas. "Eles (petistas) querem generalizar a conduta errada, e não aprenderam com a crise". Mas, advertiu que se houver alguém dos partidos que apóiam sua candidatura envolvido neste escândalo, tudo deve ser apurado, e os responsáveis punidos.